Hotel de Projetos desperta novos empreendedores

29/01/2012 14:11

Pré-incubadora do Senai ajuda jovens que têm ideias inovadoras a realizarem o sonho de se tornarem empresários e revela novas oportunidades para profissionais

 

Boas ideias podem se tornar negócios com a ajuda do Hotel de Projetos Inovadores (HPI) do Senai. A pré-incubadora foi o único projeto do Paraná contemplado no edital do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) de apoio a incubadoras com R$ 265 mil para investimentos em melhoria na infraestrutura, aquisição de softwares e máquinas.

A pré-incubadora também foi o único projeto do Senai em todo o País aprovado no edital. O HPI realiza o sonho de jovens que querem se tornar empresários, como Natam Vinicius de Oliveira, 21 anos. Também revela novas oportunidades para profissionais, a exemplo do administrador de empresas, Wiston Toyama, 43 anos, que tem soluções inovadores para o mercado de telefonia.

Desde a implantação, em 2006, a pré-incubadora abrigou 17 projetos e uma empresa, a agência de publicidade Aryontec, criada pelo ex-aluno dos cursos Técnico de Informática e Eletrônica da Computação, Natam Vinicius de Oliveira.
O HPI apoia projetos de alunos e ex-alunos do Senai e Colégio Sesi com o objetivo de desenvolver a cultura empreendedora.

“É necessário que o interessado em participar apresente uma ideia ou processo inovador e que a proposta tenha viabilidade técnica e econômica”, explica a coordenadora do HPI, Poliana Smania Salcedo, acrescentando que o projeto pode ter até quatro participantes e o período máximo de incubação é de dois anos. Poliana exemplifica o trabalho da pré-incubadora com a empresa criada há um ano por Oliveira.

“O aluno percebeu a necessidade de uma empresa de publicidade que pudesse oferecer aos clientes um processo mais rápido e que envolvesse várias etapas de um trabalho publicitário. O HPI auxiliou com orientações e ajudando na solicitação de patente para alguns produtos que a empresa desenvolve, na criação de um plano de negócios, entre outras necessidades. Hoje, o aluno já pensa em abrir a parte de representação comercial da empresa”, comenta Poliana.

Além de toda a orientação, o HPI cede espaço físico e colabora na construção de protótipos. A coordenadora afirma que os R$ 265 mil do edital da CNPq serão investidos na própria infraestrutura da pré-incubadora, que precisa de equipamentos, como impressora digital e injetora plástico, o que possibilitará a profissionalização de mais projetos.

O consultor empresarial Flávio Moura afirma que as incubadoras de projetos são um ponto de partida importante para muitos empreendedores.

“As incubadoras, como são ligadas a instituições de ensino, como universidades, entre outras, oferecem a oportunidade de um acompanhamento que ajuda a minimizar riscos dos empreendedores. Não começa a empresa sem um planejamento inicial. Não adianta ter uma ideia e algum recurso e ir com a cara e a coragem. É necessário ter orientação e começar o empreendimento bem direcionado”, comenta Moura.

Novas soluções para o mercado

Natam Vinicius de Oliveira queria uma agência de publicidade que oferecesse vários produtos aos clientes. Wiston Toyama pensou em desenvolver um PABX IP mais econômico e que realizasse os serviços de uma central telefônica de grande porte. Já Iuri Morya, 31 anos, quer desenvolver uma alça para garrafas pet com abridor acoplado. Os três projetos hóspedes do HPI oferecem soluções que atendem as necessidades do mercado. A ideia de Oliveira já se concretizou com a criação de uma empresa que emprega três funcionários e oferece serviços de publicidade. “O HPI me ajudou bastante na formação profissional, parte estrutural, consultoria de plano de negócios e administração do negócio. Estou conseguindo realizar o sonho de ser empresário com apenas 21 anos de idade.” O PABX IP criado por Toyama faz todas as operações de uma central telefônica de grande porte, como gravação de ligações e fax por e-mail. Dois clientes já instalaram o equipamento, mas é preciso baixar o valor do sistema para torná-lo competitivo no mercado. Um dos clientes de Toyama, diz ele, tinha um gasto mensal de R$ 5 mil com telefone. Com o PABX IP, o valor caiu para R$ 3,5 mil. “A maior dificuldade é viabilizar isso para a pequena empresa, o que espero que aconteça em médio e longo prazo”, comenta Toyama. Iuri Morya busca parcerias para desenvolver o projeto da alça de garrafa acoplada ao abridor. “A pré-incubadora com o nome do Senai abre portas para empreendedores e conquista a confiabilidade dos empresários que querem investir”, acredita.

 Fonte: Jornal de Londrina